Apresentação
Foi depois de muitas pesquisas e vasta fonte de recursos que tomei a decisão de trazer para os amados irmãos pastores, pregadores, seminaristas e estudantes das Sagradas Escrituras este opúsculo com informações acerca do livro comumente conhecido como o livro de Cantares de Salomão, interpretando-o versículo por versículo para que tenhamos uma compreensão do livro, por isso deixo aqui minhas considerações as pessoas que me ajudaram a escrever estas linhas, alguns fornecendo suas opiniões acerca do assunto, outras fornecendo material humano, tirado do forno da experiência pessoal de suas vidas e outras que oraram incessantemente para que esta obra ficasse pronta, a todos meus mais sinceros agradecimentos...
Obrigado a todos.
Árisson Sandro Carlos
Pastor, Teólogo e Escritor
DEDICATÓRIA
Ao eterno Deus Trino por sua bondade em ter me chamado para tão nobre tarefa, Aos meus leais amigos que tem sido uma benção em minha vida e ministério, à Assembleia de Deus Evangelho Pleno onde congrego juntamente com todos os obreiros e irmãos pela acolhida e paciência para com minhas viagens e ausência entre eles, a minha família que tem me apoiado e me dado forças e incentivos para que eu prossiga, a todos vocês meu muito obrigado.
ANALISE SISTEMATICA DO LIVRO
POR QUE CANTARES FAZ PARTE DA BÍBLIA?
1.1. Árvore genealógica do rei Salomão
1.2. O Palácio e o Templo
1.3 A Erosão do Reino
1.4. Salomão e os livros de sabedoria
1.4.1. Provérbios
1.4.2. Eclesiastes
1.4.3. A Sabedoria de Salomão
POESIA ROMANTICA E POESIA ERÓTICA (O CÂNTICO DE SALOMÃO)
2.1. Poesia
2.2. Poesia Erótica
2.3. O Cântico de Salomão
2.4. Poesia em Cantares
2.5. Erotismo em Cantares
CONCLUSÕES
A grande pergunta dos estudiosos da Bíblia versa acerca da inclusão de Cantares no texto sagrado, que fala sobretudo de moral, conduta ética e salvação.
O presente trabalho é uma tentativa, modesta, de responder essa pergunta.
1.1. Árvore genealógica do rei Salomão
Em Hebraico Salomão significa “pacífico”, filho e sucessor do rei Davi. Reinou de 970 a 931 a. C. Ao contrário do pai, que era um simples pastor que chegou ao poder, Salomão foi educado como príncipe, tendo uma educação formal da melhor qualidade. Sua mãe chamava-se Betsabéia, sendo o segundo filho do casal.
1.2. O Templo e o Palácio
O Templo e o Palácio que o rei Salomão construiu, e que hoje resta apenas o Muro das Lamentações, durou 20 anos, tendo a decisiva colaboração do fenício Hiran, que lhe forneceu arquitetos, operários, madeira e ouro. Localiza-se ao norte de Jerusalém no ponto mais elevado, no local da eira que Davi havia comprado por 50 siclos de prata (hoje em dia se encontra a esplanada conhecida como Haram-es-sharif, que inclui o Domo da Rocha e a mesquita de Al-Acsa). Consta que 80 mil homens trabalharam nas obras e outros 30 mil foram enviados à Feníncia (hoje, Líbano) para cortar a madeira das florestas de cedros e pinheirais das montanhas.
1.3. A Erosão do Reino
Segundo a Bíblia (1 Rs 11,4): “Quando ficou velho, suas mulheres desviaram seu coração para outros deuses e seu coração não foi mais todo de Iahweh, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai”. Os historiadores, por sua vez, acentuam as coisas mundanas: excesso de luxo, desperdício e um harém com 700 esposas e 300 concubinas.
1.4. Os livros do rei Salomão
Salomão foi considerado o homem mais sábio do seu tempo. É o pai da literatura sapiencial hebraica. Essa modalidade literária floresceu nas culturas antigas do Oriente Próximo, sob a forma de provérbios, parábolas, fábulas, enigmas e poemas. Os livros sapienciais são: Provérbios, Jó e Eclesiastes. A Sabedoria de Salomão e a Sabedoria de Jesus, filho de Sirac (também conhecida como Eclesiástico) – foram incluídas nas Bíblias Grega e Latina, mas classificadas como Apócrifos na Bíblia Protestante. Também lhe foi atribuído a autoria de Cântico dos Cânticos.
1.4.1. Provérbios
o livro é uma antologia de provérbios escritos em contextos diferentes. A primeira parte contém 375 máximas e a segunda 128 máximas. Eis alguns famosos:
“Anda, preguiçoso, acha a formiga; observa o seu proceder, e torna-te sábio”.
“Um anel de ouro no focinho de um porco é a mulher formosa sem bom senso”.
“Quem poupa a vara odeia seu filho, aquele que o ama aplica a disciplina”.
“Mais vale um prato de verdura com amor, do que um boi cevado com ódio”.
1.4.2. Eclesiastes
Pelo conteúdo e pela linguagem do livro, ele parece ter sido escrito por um intelectual judeu do século III ª C, durante o período helenístico. O autor se refere a si próprio em Hebraico como Coélet, significando aquele que se apresenta diante de um assembléia ou Kahal. Percebe-se, no texto, que Coélet possui uma mente brilhante porém pessimista.
Nota-se a influência da filosofia grega, especialmente Epicuro:
“Observo que não há felicidade para o homem a não ser alegrar-se com suas obras: essa é a sua porção, pois quem lhe mostrará o que vai acontecer depois dele?” (Ecl 3, 22). Para, mais adiante perguntar: “ Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol?” (Ecl 1, 2-3).
Esse texto é muito lido nas sinagogas durante a Festa dos Tabernáculos”.
1.4.3. A Sabedoria de Salomão
Refere-se a um compêndio filosófico escrito anonimamente em grego no século I ª C. Seu conteúdo fala da sabedoria tradicional do povo judeu. Seu autor é um intelectual de Alexandria.
Arcabouço do livro de Cantares
Autor: Salomão
Data: Entre 970 a 930 aC
Autor e Data
A autoria de Salomão é contestada, mas a glória do simbolismo salomônico é essencial em Cantares. Jesus referiu-se duas vezes à glória e sabedoria de Salomão (Mt 6.29; 12.42). Como filho real de Davi, Salomão tece um lugar singular na história da aliança (2Sm 7.12,13). Seus dois nomes de nascimento, que simbolizam paz (Salomão) e amor (Jedidias), aplicam-se diretamente a Cantares (2Sm 12.24-25); 1Cr 22.9). O glorioso reino de Salomão foi como uma restauração do jardim do Éden (1Rs 4.20-34), e o templo e o palácio que construiu personificam as verdades do tabernáculo e a conquista da Terra Prometida (1Rs 6.7). Salomão encaixa-se perfeitamente como a benção personificada do amor da aliança, visto que ele aparece em Cantares com toda a sua perfeição real (1.2-4; 5.10-16).
Embora Cantares não forneça informações precisas sobre o contexto, Salomão reinou em Israel de 970 a 930 aC.
Linguagem e ideais similares também são encontrados na oração que Davi fez no templo por Salomão e pelo povo durante a entronização de Salomão (1Cr 29)
Características e Conteúdo
O livro de Cantares é a melhor de todas as canções, um trabalho literário de arte e uma obra– prima teológica. No séc. II, um dos maiores rabinos, Akida bem Joseph, disse: “No mundo inteiro, não há nada que se iguale ao dia em que o Cântico dos Cânticos foi entregue a Israel.” O livro de Cantares, em si, é como a sua fruta favorita, a romã, em cores vivas e repleta de sementes. Bastante diferente de qualquer outro livro bíblico. Ele merece consideração especial como arquétipo bíblico que apresenta, de um modo novo, as realidades básicas das relações humanas. Cantares emprega linguagem simbólica pra expressar verdades eternas, em semelhança ao Livro de Apocalipses. O livro de Cantares contém descrições da mulher sulamita juntamente com uma exibição completa dos produtos de seu jardim. Isso deve ser entendido como um paralelo poético do amor conjugal e como bênçãos ao povo da aliança, em sua terra.
Claras indicações são dadas na descoberta das bênçãos da aliança: “sai-te pelas pisadas das ovelhas” (1.8).
Aqui, o termo “pisadas” é, literalmente, “marcas de calcanhar”, e faz alusão a Jacó, o patriarca cujo nome conota “um calcanhar” função pastoril de Jacó e a sua constante luta pela bênção de Deus e do homem são citadas como a norma bíblica para o povo de Deus (Os 12.3-4,12,14). Ele nasceu segurando o calcanhar do seu irmão, um manipulador congênito.
Foi “desconjuntado” com ardil no âmago de seu ser, como ilustrado por seu mancar em Maanaim (Gn 32). Foi forçado a viver fora de sua terra sob a ameaça de um irmão irado. Retornou pra sua terra depois de 20 anos com uma instituição familiar defeituosa. Ardil, falta de amor, ciúme, raiva e amor de aluguel (de mandrágora, um suposto afrodisíaco) entraram nessa fraca estrutura. Os próprios nomes das Doze Tribos mostram a necessidade de uma nova história familiar.
A sulamita ajuda e reescreve essa história. Ela executa a dança memorial de Maanaim (6.13); ver Gn 32.2). Quando encontra a quem ama, ela o detém e não o deixa partir (3.4; ver Gn 32.26). Mandrágoras perfumadas crescem nos campos dela (7.11-13; ver Gn 30.14). Quando as filhas veem, chamam-na bem– aventurada ou feliz (6.9; ver Gn 30.13). Na sulamita, a corrompida árvore familiar produz “frutos excelentes”, os melhores (7.13; ver Dt 33.13-17). As bênçãos da aliança que havia sido distorcidas são redimidas.
Os mesmos acontecimentos também podem ser visto como retratos do amor conjugal. Dessa maneira, ela detém o seu marido e não o deixa partir (3.4). É o seu marido que elogia sua beleza (6.4-10). E a procissão de um casamento real e a alegria recíproca do noivo e da noiva aparecem retratadas em 3.6-5.1.
O Espírito Santo em Ação
De acordo com Rm 5.5, “o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo ES”. Baseado em Jesus Cristo, o ES é o poder de ligação e união do amor. A feliz unidade revelada em Ct é inconcebível à parte do ES. A própria forma do livro como cântico e símbolo é adaptada especialmente ao Espírito, pois ele mesmo faz uso de sonhos, linguagem figurada e o canto (At 2.17; Ef 5.18,19). Um jogo de palavras sutil, baseado no “sopro” divino do fôlego da vida (o ES, Sl 104.29,30) de Gn 2.7 parece vir à tona em Ct. Isso acontece em “antes que refresque o dia” (2.17; 4.6), no “soprar” do vento no jardim da sulamita (4.16) e, surpreendentemente, na fragrância da respiração e do fruto da macieira (7.8).
Esboço de Cantares
Lembrando o amor do rei de bom nome 1.1-4
A morena e agradável guarda de vinhas 1.5,6
Procurando amor nas pisadas do rebanho 1.7,8
Removendo as marcas da escravidão 1.9-11
A linguagem do amor 1.12-17
O espírito e a árvore 2.1-6
A primeira súplica 2.7
Começando a busca 2.8-15
A alegria do amor no frescor do dia 2.16,17
A procura determinada pelo objetivo principal 3.1-4
A segunda súplica 3.5
A carruagem matrimonial real do amor da aliança 3.6-11
Conhecendo sulamita 4.1-7
Uma visão sobre a terra de cima do monte Hermom 4.8
Uma vida de união íntima num banquete no jardim 4.9-5.1
A queda da sulamita 5.2-7
A terceira súplica 5.8
Conhecendo Salomão 5.9-6.3
A glória triunfante da sulamita 6.4-10
O nobre povo da sulamita 6.11-12
A dança memorial de Maanaim 6.13-7.9
O início do novo amor de iguais 7.9 –8.3
A quarta súplica 8.4
alcançando o objetivo principal 8.5
Alcançando o amor autêntico 8.6,7
Alcançando ao maternidade e a paz 8.8-10
Obtendo uma vinha igual a de Salomão 8.11-12
Obtendo a herança 8.13-14
2.1. Poesia Romântica
O livro de Salomão é comumente aceito por seu conteúdo poético e romântico, sendo este livro inspiração para muitos livros que foram e serão escritos para tratar de assuntos relacionados a casais, vida sexual e intima destes e também para socializar os irmãos acercas de suas funções e obrigações dentro do lar para com sua esposa e família.
A palavra poesia vem do grego (poíesis) e significa a “Arte de escrever em verso” (1). O poeta e ensaísta T.S. Eliot é mais incisivo ao conceituar e definir poesia e a função do poeta:
“afirmo que a poesia, mais do que a prosa, diga respeito à expressão da emoção e do sentimento, não pretendo dizer que a poesia necessite estar desprovida de conteúdo intelectual ou significando, ou que a grande poesia não contenha mais esse significado, ou que a grande poesia não contenha mais esse significado do que a poesia menor (…) a tarefa do poeta, como poeta, é apenas indireta com relação ao seu povo: sua tarefa direta é com sua língua, primeiro para preservá-la, segundo para distendê-la e aperfeiçoá-la”. Logo fica declarado por poetas e escritores do gênero que este livro contem um conteúdo poético muito forte.
2.2. Poesia Erótica
Segundo o renomado poeta e tradutor de
poesia, José Paulo Paes, em Poesia Erótica:
“supor que um poema erótico digno do nome de poema vise tão-só a excitar sexualmente os seus leitores equivale a confundi-lo com pornografia pura e simples”.
Mais adiante, com sabedoria, o autor supracitado distingue claramente o erótico do pornográfico:
“Efeitos imediatos de excitação sexual é tudo quanto, no seu comercialismo rasteiro, pretende a literatura pornográfica. Já a literatura erótica, conquanto possa eventualmente suscitar efeitos desse tipo, não tem neles a sua principal razão de ser. O que ela busca, antes e acima de tudo, é dar representação a uma das formas de experiência humana: a erótica”. Entretanto teólogos conservadores mantém uma opinião contraria ao que se trata de material erótico no livro em analise, uma vez que a palavra erótico e todo e quaisquer material dessa natureza está sujeito a a analise do termo EROTICO, do Latim EROTIC, e do grego ERHOS, antigo deus grego responsável pela luxuria exacerbada e sem precedentes dos praticantes do SEXO CULTUAL, também conhecidos como SEXOLATRAS, ou SEXOMANIACOS, que vem explorando dentro dos recursos disponíveis os mais aberrados meios de prostituição cultual, tais como PORNOGRAFIA- ZOOFILIA- INCESTOS- SUBMISSÕES- ESCRAVISMO SEXUAL, em sem contar com a degradação da imagem feminina que a cada dia se expõe para vender um produto, para cantar uma música, para demonstrar um produto, esse expor do nú, chama-se sexomania, e também existe um outro mal tão quanto ou mais perigoso, chamado de sexolatras, que cultual a pornografia, pagam altos valores para terem em suas casas um canal de tv, ou uma site exclusivo de pornografias e também canais de venda de sexo por telefone, via chat, via internet e quantos pastores e homens de Deus não procuraram seus superiores para confessarem que estão aprisionados a pornografia, como se fosse um vício.
Então o livros de Cantares não ser um livros erótico, pois Deus não compactua com os demônios que tem destruído pessoas, famílias, lares, e ministérios.
3. O Cântico de Salomão (Heb. Shir há-Shirim)
A suposta autoria do rei Salomão é pura ficção. Esse poema foi elaborado por volta do século III ª C. Sua forma é a de uma série de pequenos cânticos ou poemas, destinados a serem entoados pelo noivo e pela noiva em uma festa de casamento, parte como diálogo e parte separadamente.
A obra não tem nenhuma relação com a religião e sua inclusão na Bíblia, à primeira vista, é intrigante. Os rabinos interpretam o trabalho como uma esmeralda alegoria da relação entre Deus (o noivo) e a esposa de Israel (a noiva). Os padres da Igreja viram uma alegoria entre Jesus e a Igreja.
ANALISE ROMANTICA
Pano de fundo
O livro descreve o amor e casamento de Salomão (chamado o amado) com uma jovem camponesa (denominada sulamita). Compõe-se totalmente de discursos pronunciados principalmente pela sulamita e por Salomão.
Visto como se trata de poesia oriental antiquíssima, difere basicamente da forma como um escritor devoto da atualidade poderia apresentar as mesmas idéias básicas.
Descreve a beleza do amor puro entre uma mulher e um homem, amor que se aprofunda numa devoção recíproca e imperecível.
A mensagem fundamental é a pureza e o caráter sagrado do amor no casamento - mensagem muito necessária em nossos dias de tantas promessas matrimoniais quebradas e de divórcios fáceis.
Ao mesmo tempo, os Cantares de Salomão lembram-nos que o que sustenta todo o amor humano puro é o maior e mais profundo de todos os amores - o amor de Deus, que sacrificou a seu Filho para redimir os pecadores, e do amor do Filho de Deus que sofreu e morreu por sua esposa, a igreja.
Cantares de Salomão não é alegoria nem tipo, mas uma parábola do amor divino que constitui o pano de fundo e a fonte de todo o verdadeiro amor humano.
Cântico dos Cânticos de Salomão.
1 O cântico dos cânticos, que é de Salomão.
2 Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o seu amor do que o vinho.
3 Suave é o cheiro dos teus perfumes; como perfume derramado é o teu nome; por isso as donzelas te amam.
Era assim que Salomão era visto por sua amada, uma mulher apaixonada e que anseia estar ao lado de seu amado, ainda que este amor seja um amor secreto, ela desejava os seus beijos, e é assim que Jesus quer sua igreja, sempre apaixonada, sempre pronta e esperançosa pelo sua presença e amor, a Sulamita era uma mulher apaixonada que passa por dois dilemas:
a) Ela precisa ser discreta, esconder seus sentimentos, quer guardar pra si esse calor que lhe incendeia a alma, quer esconder- se gemer de contentamento ao ouvir-lhe o nome, e esse sentimento a faz suar frio somente em pensar na pessoa que ama, e mesmo que esse sentimento ainda não foi percebido pelo outro lado, então ela se guarda, mesmo com vontade de gritar pra todo o mundo ouvir e saber o que sente; assim a igreja deve assumir seu papel e declarar para o mundo que Jesus é seu amado e mesmo que ninguém acredite nisso, você é alguém por quem ele morreu e ele tema, mesmo que ninguém mais te ame.
b) Entretanto ela não pode consegue esconder seus sentimentos, Salomão sendo um dos 07 homens mais sábios da terra conhecia uma mulher apaixonada, sabia reconhecer seus sinais, sua expressão facial, suas expressões corporais, seu olhar e por causa de suas atitudes, as atitudes denunciam o que seu coração sente, é por isso que é impossível amar a Deus e não demonstrar isso em atitudes. São muitas as vezes que a igreja se perde entre sua fé ativa e sua devoção passiva, nesse momento acontece um grande choque entre aquilo que você fala e aquilo que você faz. Esta deve ser o grande diferencial entre o verdadeiro cristão, Tiago disse no seu livro, que assim como um corpo sem espirito está morto, assim a fé sem obras é morta (Tg. 2.6).
3 A fragrância dos seus perfumes é suave; o seu nome é como perfume derramado. Não é à toa que as jovens o amam!
A fragancia dos perfumes trata do cheiro que o perfume produz, O cheiro que a presença de Salomão produzia ou provocava, por que o amor tem cheiro, o amor tem cor, o amor tem o poder de deixar cheiro no ar, de deixar marcas no corpo de quem está amando, então assim como o uso continuo do perfume faz com que o mesmo exale da pele, a Sulamita estava tão apaixonada por Salomão, que somente o fato de lembrar dele fazia-a sentir seu cheiro. Assim a igreja precisa sentir a presença de seu Amado, desejando seu cheiro. O cheiro provoca sensações de desejo e prazer, estimula a libido, eleva os feromonios ( odor que atrai o ser macho em direção a femea).
4 Leve-me com você! Vamos depressa! Leve-me o rei para os seus aposentos! Amigas (Mulheres de Jerusalém) Estamos alegres e felizes por sua causa; celebraremos o seu amor mais do que o vinho.
Ela está falando de seu desejo de encontra-lo, mesmo que de relance, afinal ela era uma plebeia, moça nascida na roça, sem pais influentes que lhe apresentasse ao rei de Israel, não se pode fugir do coração, pois este é impulsivo, o amor não vê limites, não enxerga posição social, não de incomoda com nível cultural, não se preocupa com dinheiro, com fama, com nada ,pois a única que quem ama quer é amar e ser amada, e se essa pessoa for amada ela será feliz e será plena em todos os sentidos, quando vemos casais que dando desculpas por se separar, contam de suas situações financeiras, falam de seus traumas e apontam seus defeitos fica claro que somente um é po motivo, acabou-se o amor, pois quem ama não vê motivos, mas sente o amor.
5 Estou escura, mas sou bela, ó mulheres de Jerusalém; escura como as tendas de Quedar, bela como as cortinas de Salomão.
A Sulamita tinha plena consciência de suas limitações, estava acostumada e viver como nômade no deserto, e como tal tinha sua pele queimada, escura e as vezes fedida, por causa do sol, ela o amava e desejava-o ardentemente, mas ao olhar para si se via como uma tenda de Quedar, queimada, exposta ao sol, sem aparência, e em seu intimo ela desejava estar dentro dos palácios do rei, sendo balançada pelos ventos da paixão, ela diz eu sou bela, mas o sol me queimou, estragou minha pele, desmanchou meu penteado, tirou o cheiro de meu perfume, mas posso ser as cortinas de teu palácio...
Como é interessante conhecer uma pessoa determinada a ser o que quer ser para estar ao lado do seu amor.
6 Não fiquem me olhando assim porque estou escura; foi o sol que me queimou a pele. Os filhos de minha mãe zangaram-se comigo e fizeram-me tomar conta das vinhas; da minha própria vinha, porém, não pude cuidar.
Quem desejaria uma pessoa assim, com a pele queimada, sem creme para os cabelos, sem maquiagem para o rosto, de família pobre, mas quando Salomão olhou-a nos olhos viu o que ninguém mais viu, ele viu uma mulher.
7 Conte-me, você, a quem amo, onde faz pastar o seu rebanho e onde faz as suas ovelhas descansarem ao meio-dia? Se eu não o souber, serei como uma mulher coberta com véu junto aos rebanhos dos seus amigos.
8 Se você, a mais linda das mulheres, se você não o sabe, siga a trilha das ovelhas e faça as suas cabritas pastarem junto às tendas dos pastores.
9 Comparo você, minha querida, a uma égua das carruagens do faraó.
10 Como são belas as suas faces entre os brincos, e o seu pescoço com os colares de joias!
11 Faremos para você brincos de ouro com incrustações de prata.
12 Enquanto o rei estava em seus aposentos, o meu nardo espalhou sua fragrância.
13 O meu amado é para mim como uma pequenina bolsa de mirra que passa a noite entre os meus seios.
14 O meu amado é para mim um ramalhete de flores de hena das vinhas de En-Gedi.
15 Como você é linda, minha querida! Ah, como é linda! Seus olhos são pombas.
16 Como você é belo, meu amado! Ah, como é encantador! Verdejante é o nosso leito.
17 De cedro são as vigas da nossa casa, e de cipreste os caibros do nosso telhado.